Mesmo com o avanço da IA, 62% dos entrevistados no Brasil afirmam preferir campanhas publicitárias feitas por humanos

A inteligência artificial continua evoluindo rapidamente e conquistando espaço em várias áreas da comunicação. No entanto, apesar da eficiência, o público ainda valoriza o toque humano. Uma pesquisa recente da Ipsos, divulgada pelo Meio & Mensagem, mostra que a maioria dos brasileiros prefere campanhas, conteúdos e narrativas criadas por pessoas, não por algoritmos.

Os dados são claros. No Brasil, 62% dos entrevistados dizem preferir campanhas publicitárias feitas por humanos. Em contrapartida, apenas 22% optariam por versões geradas por inteligência artificial. Portanto, a questão vai além da tecnologia. Ela também envolve emoção. Embora a IA ofereça velocidade, personalização e até um certo nível de criatividade, ainda falta algo essencial: o senso de verdade.

A Inteligência Artificial nunca foi uma substituta

Apesar disso, o uso de IA pode ser extremamente útil. Ela é uma aliada poderosa em tarefas como brainstorming, otimização de campanhas e produção em escala. Contudo, o problema surge quando se acredita que ela pode substituir por completo o trabalho humano. A troca pura e simples empobrece o discurso e afasta o público.

A confiança ainda está com os humanos

A pesquisa também mostra outro dado relevante. A confiança do consumidor continua maior em conteúdos criados por pessoas, especialmente em áreas sensíveis como jornalismo (67%) e marketing de conteúdo (61%). No entretenimento, o cenário é semelhante: quase 70% dos brasileiros preferem filmes e séries feitos por humanos.

Essa desconfiança em relação à IA pode estar ligada ao momento que vivemos. Diante de tanta desinformação, conteúdo genérico e manipulações digitais, o que é produzido por pessoas ainda transmite mais autenticidade. Não por acaso, tantos criadores e marcas investem no storytelling pessoal como forma de se conectar com suas audiências.

O futuro será híbrido

Apesar das preferências, o brasileiro não rejeita totalmente a IA. Há abertura para que ela atue em funções específicas, como melhorias visuais de produtos, sugestões de conteúdo ou personalização de campanhas. Ainda assim, a presença humana no centro do processo criativo parece inegociável.

Esse talvez seja o principal recado para o mercado. O futuro da comunicação será híbrido. A tecnologia funcionará como ferramenta, mas o papel de curadores, estrategistas e criadores continuará com os humanos. Ignorar essa combinação e apostar apenas na eficiência da IA é arriscado. Em um mundo que clama por autenticidade, soar artificial pode ser um erro grave.

3 de julho de 20250

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